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<< associam seus poemas a fotos, num intercâmbio de significados que se emprenham e geram múltiplas sugestões.
Também eu venho experimentando o prazer dessas parcerias (veja “Quatis de corpo e alma”). Alio-me, agora, ao premiado Décio Brian. Com sua generosidade e desprendimento, cedeu-me o direito de trazer a público um trabalho que realizei com base em algumas de suas obras. Tudo começou com a oficina que dinamizei na Estação das Letras, no Rio de Janeiro, em 2007. Uma das atividades propostas aos participantes consistia na redação de textos inspirados em fotos de Décio. Como forma de testar previamente a viabilidade do exercício, propus-me a criar meus próprios haicais. Esta exposição é, pois, o resultado de uma leitura muito pessoal de tais imagens. Para tanto, desconsiderei, no ato de criação, os títulos a elas atribuídos pelo fotógrafo, para que minha percepção não ficasse por eles condicionada.
O haicai, poesia que prima pela síntese e pela simplicidade, pôde encontrar eco na arte essencial e singela de Décio Brian, ele próprio uma pessoa encantadoramente simples.
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