O corpo da poesia

PT Saudações

Não quero ler suicídios de amor
na tua cara.
Otelos de motel só vendem jornal.
Doce na boca das comadres.

Tira a máscara
e bate a porta do teatro.
O último ato acabou.
A crítica sequer comentou o desastre.
Há muito as poltronas restavam vazias
e não chegavam flores ao camarim.

O destino me pregou outra peça?
Outra peça eu ensaio. O fim
tem que ser vida e recomeço.

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