Othon M. Garcia

Dados biográficos

Othon Moacyr Garcia nasceu em 19 de junho de 1912, em Martins Costa, atual município de Mendes, no Estado do Rio de Janeiro.

Em 1933, tornou-se acadêmico de Direito.

Em 1934, ingressou na Faculdade de Odontologia, que abandonou em 35. Nesse mesmo ano, tornou-se estudante do Curso de Filologia e Literatura Luso-Brasileira da Universidade do Distrito Federal.

Em 1937, formou-se bacharel em Direito. No ano seguinte, obteve licenciatura na primeira turma da U.D.F. e foi aprovado em concurso de títulos para lecionar no Colégio Pedro II.

Casou-se, em 1945, com Sylvia Cunha de Amorim. Com ela teve 4 filhos.

Em 1963, recebeu o Prêmio “Silvio Romero”, da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Cobra norato – o poema e o mito, baseado na obra de Raul Bopp.

Em 1972-74, coordenou a tradução e adaptação (editoria) da enciclopédia Nouveau petit Larousse – en couleurs, que tomou o nome de Pequeno dicionário enciclopédico Koogan-Larousse.

Em 1976, recebeu a Medalha Oskar Nobiling, da Sociedade Brasileira de Língua e Literatura.

Em outubro de 1996 foi homenageado no 1º Encontro Nacional de Filologia da UERJ.

Em janeiro de 1997, a Associação Paulista de Críticos de Artes lhe conferiu o prêmio de “Melhor Ensaio no Setor Literatura”, por Esfinge clara e outros enigmas, livro que reúne toda a sua obra crítica, publicado em 1996.

Faleceu em 1º de junho de 2002, no Rio de Janeiro.

Em agosto de 2008 foi o autor homenageado no XII Congresso Nacional de Linguística e Filologia, tendo tido a obra analisada por diversos conferencistas.

A vida profissional de Othon Moacyr Garcia foi toda dedicada ao ensino.

Publicações

1. “Machado de Assis e a influência inglesa”. Revista de Cultura e Técnica (Órgão Oficial da União Universitária Feminina) Vol. III, Nº 3, junho de 1939.

2. “The Place of Brazil in the American Commonwealth”. Revista Interamericana vol. I, nº 2, maio de 1940.

3. “300 dias numa universidade americana”. Revista do Globo (O recorte não dispõe de data).

4. “A América se emancipa”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. II, nº 1, janeiro de 1944.

5. “Feições do Romantismo norte-americano”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. II, nº 5, maio de 1944.

6. “Quatro novelistas do Romantismo norte-americano”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. II, nº 6, setembro de 1944.

7. “Edgard Poe – anti-romântico” Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. III, nº 7, janeiro de 1945.

8. “Walt Whitman – bíblico e profético”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. III, nº 8, maio de 1945.

9. “Emerson – anti-romântico”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. III, nº 9, setembro de 1945. p. 28.

10. “Pioneiros e bandeirantes”. Revista do Instituto Brasil-Estados Unidos, vol. III, nº 9, setembro de 1945. p. 92.

11. “No tempo em que havia guerras…” Boletim do Instituto Brasil-Estados Unidos. Ano IV, nº 31, janeiro de 1946.

12. “Influência I”. Boletim do Instituto Brasil-Estados Unidos. Ano VII, nº 67, janeiro de 1949.

13. “Influências II”. Boletim do Instituto Brasil-Estados Unidos. Ano VII, nº 68, fevereiro de 1949.

14. “Influências III”. Boletim do Instituto Brasil-Estados Unidos. Ano VII, nº 69, março de 1949.

15. “Influências IV”. Boletim do Instituto Brasil-estados Unidos. Ano VII, nº 70, abril de 1949.

16. Esfinge clara – palavra-puxa-palavra em Carlos Drummond de Andrade. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1955.

17. “O socialismo e a educação dos filhos”. Paratodos (seção “O livro científico”), ano I, nº 3, 2ª quinzena de 1956.

18. Luz e fogo no lirismo de Gonçalves Dias. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1956.

19. “De gramática e de compêndios”. Jornal do Comércio, 11/08/1957.

20. “A janela e a paisagem na obra de Augusto Meyer”. Separata da Revista brasileira de Filologia, Rio de Janeiro, Livraria Acadêmica, 1958, vol. 4, tomos I-II.

21. “A página branca e o deserto. Luta pela expressão em João Cabral de Melo Neto” Separata da Revista do Livro, do Instituto Nacional do Livro, nº 7, 8, 9 e 10, 1958-1959.

22. Cobra norato. O poema e o mito. Rio de Janeiro, Livraria São José, 1962. (Originalmente apresentado como tese ao 1º Congresso Brasileiro de Crítica e História Literária, realizado em Recife, em agosto de 1960.

23. “Anotações à margem da poesia de Mauro Mota”. Correio da Manhã, 15/08/1964.

24. “Outras anotações à margem da poesia de Mauro Mota”. Correio da Manhã, 05/12/1964.

25. “Frase caótica e fluxo de consciência”. Correio da Manhã, 06/02/1965.

26. “João Ternura: herói erótico, mas sem malícia”. Correio da Manhã, 20/03/1965.

27. Comunicação em prosa moderna – Aprenda a escrever, aprendendo a pensar. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, 1967. (A obra teve até hoje – de 2006 – 26 edições. Na 3ª edição, o autor corrigiu erros, melhorou e atualizou alguns aspectos. Na 7ª, atualizou e acrescentou novas informações, com a inclusão e/ou reelaboração de vários tópicos e subtópicos).

28. “Prefácio de Drummond – a estilística da repetição, de Gilberto Mendonça Teles. Livraria José Olympio, Rio de Janeiro, 1970.

29. “Alguns processos poéticos de Carlos Drummond de Andrade”. In: Carlos Drummond de Andrade. Coleção Fortuna Crítica. Direção de Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1977. p. 202-234.

30. “Exercício de numerologia poética: paridade numérica e geometria do sonho num poema (“Canção excêntrica”) de Cecília Meireles”. Separata da Revista de Cultura Vozes, ano 72, nº LXXII, outubro de 1978, nº 8.

31. Esfinge clara e outros enigmas. Rio de Janeiro, Topbooks, 1996. (Reunião dos ensaios estilísticos).

32. Farsilira: exercícios de rimas em redondilhas joco-sérias, algumas quebradas, outras desastradas, e quase todas com respingos autobiográficos. Rio de Janeiro, Sette Letras, 1997.

Dados extraídos da BIOBIBLIOGRAFIA DE OTHON MOACYR GARCIA, por Eduardo Amorim Garcia

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